Aviso para quem procura um ministro da Fazenda: não existem dois Paloccis

Cobra-se do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, a indicação de um nome para comandar a economia no futuro mandato. O que se pede não é pouco. A cobrança deveria vir acompanhada da sugestão de um ou mais nomes, com a mínima garantia de que um eventual convite vá ser aceito. Se existe algum consenso em relação ao tema, este é que Antonio Palocci, ex-prefeito de Ribeirão Preto (SP) e ministro da Fazenda de janeiro de 2003 a março de 2006, no primeiro mandato do presidente Lula, não está mais disponível na prateleira
As sugestões para a chefia do Ministério da Economia ou Fazenda devem levar em conta que executivos com interesse em implementar um programa econômico precisam ter jogo de cintura e estômago para acompanhar a repercussão de discursos políticos até mesmo do próprio presidente contrários à orientação que se pretenda dar ao governo. O presidente eleito tem a possibilidade de escolher para o cargo o nome de um político, mais experimentado na arte de engolir sapos, mas, até prova em contrário, uma escolha nesse campo não seria bem vista no mundo financeiro, já tão preocupado com os sinais antimercado dados por Lula. Dificilmente haveria dois Paloccis.

Equipe de transição recebe informações sobre Orçamento

O relator-geral do Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI), recebe, às 10h30, na Liderança do MDB o Senado, o vice-presidente eleito e coordenador da equipe de transição do novo governo, Geraldo Alckmin, e o senador eleito, Wellington Dias (PT-PI), designado pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, para tratar sobre o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2023 com o Congresso.
O encontro deve contar com a participação do ex-senador Aloizio Mercadante, dos senadores Paulo Rocha (PT-PA), Jean Paul Prates (PT-RN) e Fabiano Contarato (PT-ES) e dos deputados Reginaldo Lopes (PT-MG), Enio Verri (PT-PR), Rui Falcão (PT-SP) e Paulo Pimenta (PT-RS).
Após a reunião, o senador Marcelo Castro, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, e o senador eleito, Wellington Dias, concedem entrevista no púlpito localizado em frente à Presidência do Senado.

Datafolha aponta Tebet como a melhor do debate

Pesquisa do Datafolha apontou Simone Tebet, do MDB, como quem se saiu melhor entre os candidatos a presidente da República que participaram do debate deste domingo. Jair Bolsonaro, do PL, foi considerado o pior entre os participantes do debate.
A pesquisa qualitativa foi realizada em tempo real com 60 eleitores que se declaravam indecisos ou propensos a votar em branco ou nulo na mais recente pesquisa quantitativa do Datafolha. Os participantes foram divididos em três salas virtuais e classificaram as respostas dos candidatos a perguntas a que foram submetidos em uma escala de péssimo, ruim, regular, bom e ótimo.
Tebet recebeu a melhor avaliação por 43% dos participantes, seguida por Ciro Gomes (PDT), com 23%. Lula (PT) e Bolsonaro ficaram empatados com 10% na terceira posição. Felipe D'Ávila (Novo) teve 8% das preferências, enquanto Soraya Thronicke (União Brasil) recebeu 2% dos votos.
Bolsonaro foi o pior na avaliação de 51% dos participantes. Para 21%, Lula foi o pior. Já Soraya Thronicke foi a pior para 14%. Felipe d'Ávila teve 7% dos votos, enquanto Simone Tebet recebeu 5%. Já Ciro Gomes (PDT) foi o menos pior, reunindo 2% dos votos dos participantes.

Gostaram do debate?

A expectativa em relação ao primeiro debate entre candidatos às eleições presidenciais foi melhor do que o debate propriamente dito, organizado por um pool reunindo UOL, Folha, Band e TV Cultura e realizado neste domingo, 28.
Foi um evento com três horas de duração, que terminou por volta da meia-noite, às portas da segunda-feira, dia de batente. Como ocorre geralmente, a repercussão conta muito mais do que a audiência, que tende a cair à medida que a noite avança.
Os debates colocam em pé de igualdade candidatos com diferentes pontuações nas pesquisas, vale dizer, tratam como iguais Lula, que bateu 47% na mais recente pesquisa Datafolha, e Simone Tebet, que teve 2% segundo a mesma pesquisa.
Os debates programados para o primeiro turno não são convenientes, tanto para Lula quanto para Bolsonaro, que teve 32% no Datafolha. Os dois, aliás, não tiveram boa performance na noite de domingo. Lula não foi bem e perdeu oportunidades de se impor sobre adversários. Parecia cansado, Bolsonaro foi muito mal, agredindo verbalmente a jornalista Vera Magalhães e a candidata Simone Tebet.
Tebet e Ciro Gomes foram os melhores, mas dificilmente vão contar com a companhia dos líderes nos próximos eventos nesse formato.

Debate reúne principais candidatos

O primeiro debate reunindo candidatos a presidente da República, a ser realizado a partir de 21h com transmissão da Band, é o grande evento da agenda dos candidatos neste domingo. O debate deve reunir os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT), Simione Tebet (MDB), Felipe D’Avila (Novo) e Soraya Thronicke (União).
O evento é realizado em formato de pool, do qual participam, além da Band, O evento acontecerá em formato de pool com a participação do UOL, Folha de S.Paulo e TV Cultura. O debate será mediado por Eduardo Oinegue e Adriana Araújo (Band).