Aviso para quem procura um ministro da Fazenda: não existem dois Paloccis
Cobra-se do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, a indicação de um nome para comandar a economia no futuro mandato. O que se pede não é pouco. A cobrança deveria vir acompanhada da sugestão de um ou mais nomes, com a mínima garantia de que um eventual convite vá ser aceito. Se existe algum consenso em relação ao tema, este é que Antonio Palocci, ex-prefeito de Ribeirão Preto (SP) e ministro da Fazenda de janeiro de 2003 a março de 2006, no primeiro mandato do presidente Lula, não está mais disponível na prateleira
As sugestões para a chefia do Ministério da Economia ou Fazenda devem levar em conta que executivos com interesse em implementar um programa econômico precisam ter jogo de cintura e estômago para acompanhar a repercussão de discursos políticos até mesmo do próprio presidente contrários à orientação que se pretenda dar ao governo. O presidente eleito tem a possibilidade de escolher para o cargo o nome de um político, mais experimentado na arte de engolir sapos, mas, até prova em contrário, uma escolha nesse campo não seria bem vista no mundo financeiro, já tão preocupado com os sinais antimercado dados por Lula. Dificilmente haveria dois Paloccis.