A dança das cadeiras no governo, concluída ontem no Palácio do Planalto e publicada na edição de hoje do DOU, envolve o Ministério da Justiça e Segurança Pública, Advocacia-Geral da União (AGU), Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e Polícia Federal (PF). Ainda restam duas cadeiras a serem ocupadas.
A exoneração do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, pelo presidente Jair Bolsonaro, seguida do pedido de afastamento do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, ocorridas na última sexta-feira, provocaram o rearranjo no governo.
Bolsonaro queria deslocar o ministro da Secretaria-Geral, Jorge de Oliveira, mas foi convencido pelos pares a buscar outra solução. Esta foi encontrada no titular da AGU, André Luiz Mendonça. Ele vai ser substituído por José Levi do Amaral Júnior, até aqui procurador-geral da Fazenda Nacional. Trata-se de um quadro com bom trânsito no Judiciário, inclusive no STF.
A nomeação de Alexandre Ramagem era esperada desde que foi noticiada a demissão de Valeixo ou até mesmo antes.
A dança das cadeiras ainda não terminou, pois ainda restam dois lugares vagos: a diretoria-geral da Abin, que era ocupada por Ramagem, e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, que tinha Levi do Amaral como titular.