Nota oficial do STF sobre ataques contra prédio da instituição

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça, ministro Dias Toffoli, divulgou nota oficial, na tarde deste domingo, condenando ataques desferidos por manifestantes comtra o prédio da instituição, ocorridos na noite de véspera.

"Infelizmente, na noite de sábado, o Brasil vivenciou mais um ataque ao Supremo Tribunal Federal, que também simboliza um ataque a todas as instituições democraticamente constituídas.

Financiadas ilegalmente, essas atitudes têm sido reiteradas e estimuladas por uma minoria da população e por integrantes do próprio Estado, apesar da tentativa de diálogo que o Supremo Tribunal Federal tenta estabelecer com todos, Poderes, instituições e sociedade civil, em prol do progresso da nação brasileira.

O Supremo jamais se sujeitará, como não se sujeitou em toda a sua história, a nenhum tipo de ameaça, seja velada, indireta ou direta e continuará cumprindo a sua missão.

Guardião da Constituição, o Supremo Tribunal Federal repudia tais condutas e se socorrerá de todos os remédios, constitucional e legalmente postos, para sua defesa, de seus Ministros e da democracia brasileira."

Marcos Pontes permanece na equipe de governo

As mudanças na estrutura ministerial, promovidas pelo governo com a criação do Ministério das Comunicações (MP 980/2010) mantiveram no primeiro escalão o astronauta Marcos Pontes, que passa a responder pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. Na Secretaria-Executiva foi mantido o ex-deputado Júlio Semeghini Neto.
Com o desmembramento da área de Comunicações, o MCTI fica com as seguintes competências:
Políticas nacionais de pesquisa científica e tecnológica e de incentivo à inovação;
Planejamento, coordenação, supervisão e controle das atividades de ciência, tecnologia e inovação;
Política de desenvolvimento de informática e automação;
Política nacional de biossegurança;
Política espacial;
Política nuclear;
Controle da exportação de bens e serviços sensíveis; e
Articulação com os governos dos estados, do Distrito Federal e dos nunicípios, com a sociedade e com órgãos do governo federal com vistas ao estabelecimento de diretrizes para as políticas nacionais de ciência, tecnologia e inovação.

Ministério das Comunicações ressurge para agradar PSD e Sílvio Santos

A medida provisória que desmembrou a área de Comunicações do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações (MP 980, de 10 de junho) criou, em consequência, dois ministérios: o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e o Ministério das Comunicações. A MP extinguiu a Secretaria Especial de Comunicação Social da Secretaria de Governo da Presidência da República. Também subordinou ao Ministério das Comunicações a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República e duas secretarias que faziam parte do extinto Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações: a Secretaria de Radiodifusão e a Secretaria de Telecomunicações.
Para o cargo de ministro foi nomeado o deputado Fábio Faria (PSD-RN), que é genro do empresário Sílvio Santos. Para secretário-executivo foi nomeado, Fábio Wajgarten, antigo titular da Secom/PR.
O Ministério da Comunicações também vai ter sob seu guarda-chuva a área de Comunicação Social. São as seguintes as competências da nova pasta:
Política nacional de telecomunicações;
Política nacional de radiodifusão;
Serviços postais, telecomunicações e radiodifusão;
Política de comunicação e divulgação do Governo federal;
Relacionamento do Governo federal com a imprensa regional, nacional e internacional;
Convocação de redes obrigatórias de rádio e televisão;
Pesquisa de opinião pública; e
Sistema brasileiro de televisão pública.

Regra de Ouro/Descumprimento autorizado

O governo publicou na edição de hoje do DOU a Lei 14.008, que abre crédito suplementar no valor de R$ 343,623 bilhões para reforço de dotações constantes da Lei Orçamentária vigente. A lei autorizada a realização da receita de operações de crédito por emissão de Títulos de Responsabilidade do Tesouro Nacional neste valor, para seguir o comando constitucional previsto no artigo 167. Este artigo condiciona a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital (Regra de Ouro) à autorização, mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovada pela maioria absoluta do Poder Legislativo por maioria absoluta. Vale dizer: a Constituição autoriza o governo a descumprir a Regra de Ouro do Orçamento, que a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais. O problema é que o volume de recursos aprovados não deve ser suficiente para cumprir o déficit orçamentário. As estimativas oficiais são de que o déficit primário pode chegar a R$ 566,6 bilhões.

Tempos bicudos

Até pouco tempo as sextas-feiras eram vistas já como parte do final de semana e se apresentavam com um jeito diferente em relação aos demais dias úteis. A expressão “sextou” dispensava maiores explicações. Sextou! “Graças a Deus, hoje é sexta-feira”, dizia o jornalista Chico Pinheiro a plenos pulmões, no telejornal que apresentava, o "Bom dia Brasil", da Rede Globo. A quarentena tirou o Chico Pinheiro do ar, esfarelou essa ideia e deixou as sextas-feiras mais próximas dos dias comuns.
A instabilidade político-administrativa no plano federal se encarregou de retirar as características especiais deste dia. Foi numa sexta, há três semanas, que Sérgio Moro anunciou seu desligamento do governo, onde atuava desde a posse, portanto há aproximadamente 16 meses, como ministro da Justiça e Segurança pública. Foi um dia tenso em Brasília. Agora chegou a vez de Nelson Teich deixar o cargo de ministro da Saúde, que havia assumido há 28 dias, em uma sexta-feira. A tensão permanece. Não tanto pelos olhos caídos de Teich, um médico renomado que teve a autoridade posta em xeque pelo presidente Jair Bolsonaro, que o havia nomeado. É porque a situação é tensa, mesmo. Vivemos tempos bicudos.