Kássio Marques: Uma indicação difícil de sustentar
Indicado pelo presidente da República para o STF, o desembargador Kássio Marques dificilmente vai seguir até a nomeação para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal. A exemplo de Carlos Decotelli, que chegou a ser nomeado para o MEC, o currículo turbinado de Kássio Marques deve prejudicar a sua indicação.
A mensagem do presidente submetendo ao Senado o nome do Juiz do TRF da 1ª Região foi publicada apressadamente no DOU na sexta-feira, 2, mas até esta quinta-feira, 8, não havia chegado ao destinatário. O relatório que é apresentado aos integrantes da Comissão de Constituição e Justiça é uma síntese do currículo do candidato. Se o currículo contém imprecisões seria bom ajustá-lo antes de remetê-lo ao Senado.
Na matéria de capa da revista Veja de 7 de outubro, um ministro que teve a identidade preservada, disse que Kássio Marques iria "apanhar por dez dias" depois de indicado e avaliou: "Vamos ver se com essa pancadaria dá para segurar ou não."
A estimativa foi feita dias antes do surgimento das notícias sobre os exageros contidos no currículo do indicado.
Com as fraudes curriculares do desembargador Kássio Marques, reacendem-se a esperanças dos candidatos "terrivelmente evangélicos", no dizer de Jair Bolsonaro.