Em dez brasileiros, quatro têm medo de perder emprego para IA

O medo de ficar desempregado por conta do avanço da Inteligência Artificial (IA) atinge quatro entre dez brasileiros, como mostra a pesquisa Ipesp/Febraban divulgada no “Observatório Febraban” de julho. Esse medo se reflete em 43% da amostragem, sendo maior na Geração Z (18 a 26 anos), na qual alcança 52%. Profissionais nesta faixa que desenvolvem trabalhos na área de tecnologia, programação e Internet estariam mais preocupados em serem substituídos por robôs.
A Inteligência Artificial também é vista como uma ameaça ao emprego por 49% dos entrevistados cuja instrução vai até o ensino fundamental. Também causa maior temor (48%) na faixa de renda até dois salários mínimos. Os realizadores do estudo justificam esse temor pelo fato de esses grupos englobarem pessoas menos capacitadas para o uso de novas tecnologias.
Considerando a faixa etária, o medo de perder é menor nos Baby boomers (33%). Em relação ao grau de instrução, aqueles que têm ensino superior são os que menos temem (30%). No que diz respeito à renda familiar, o medo da Inteligência Artificial é menor na faixa de mais de cinco salários mínimos, onde é manifestado por 31% ante a média nacional de 43%.

Profissões tradicionais são apontadas como profissões do futuro

Prestigiados no presente, os médicos também serão importantes como profissão do futuro. É o que pensam 70% dos entrevistados pelo Ipespe para a Febraban. Os professores, com 67% das menções, aparecem em segundo lugar, seguidos pelos enfermeiros (58%), bombeiros (54%), agricultores (53%) e psicólogos (51%). Os realizadores do estudo consideram que esse ranking reflete a percepção de bem-estar e de segurança das pessoas.
A percepção de futuro para as profissões apresenta maior variação nas faixas de idade. Os médicos são citados por 74% na Geração X (43 a 58 anos), na qual os professores recebem 70% das citações. Já os psicólogos são apontados por 58% na Geração Z (18 a 26 anos) e por 38% nos Baby boomers (58 anos ou mais).
Em um segundo patamar, entre 49% e 30%, os cientistas aparecem com 49%, enquanto os veterinários recebem 44% das menções, mesmo percentual recebido pelos desenvolvedores de softwares e profissionais de TI. Os economistas receberam com 33% das menções e os jornalistas, com 30%.
O terceiro nível, abaixo de 30%, é encabeçado pelos contadores, com 29%. Os últimos colocados no ranking são os políticos, com 19%, e os influenciadores na rede, com 18%.

Pesquisa: Médicos são mais prestigiados entre profissionais

As profissões tradicionais são as mais prestigiadas pela população brasileira, em que pesem os avanços tecnológicos e as profundas mudanças trazidas pelo mundo digital. Pesquisa realizada pelo Ipespe – Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas para a Febraban – Fundação Brasileira dos Bancos, publicada no “Observatório Febraban” de julho, aponta o(a) médico(a) como a profissão mais respeitada, com 89% das menções. O Ipespe entrevistou três mil pessoas (amostragem representativa da população brasileira adulta) durante o período de 1º a 7 de julho. A margem de erro é de 1,8 ponto percentual. Foi perguntado aos entrevistados se eles ficariam felizes se seus filhos tivessem determinado tipo de trabalho e pedido aqueles sem filhos que imaginassem que tivessem.
Depois dos médicos, os engenheiros foram os mais citados (84% dos participantes). Em seguida são apontados os veterinários (82%), cientistas (82%), administradores de empresas (81%) e desenvolvedores de software (81%). Com algumas variações, o ranking é o mesmo em todas as faixas de idade, da Geração Z (18 a 26 anos) aos Baby boomers (59 anos ou mais). As outras faixas são assim identificadas; Geração Y (27 a 42 anos) e Geração X (43 a 58 anos).

Aviso para quem procura um ministro da Fazenda: não existem dois Paloccis

Cobra-se do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, a indicação de um nome para comandar a economia no futuro mandato. O que se pede não é pouco. A cobrança deveria vir acompanhada da sugestão de um ou mais nomes, com a mínima garantia de que um eventual convite vá ser aceito. Se existe algum consenso em relação ao tema, este é que Antonio Palocci, ex-prefeito de Ribeirão Preto (SP) e ministro da Fazenda de janeiro de 2003 a março de 2006, no primeiro mandato do presidente Lula, não está mais disponível na prateleira
As sugestões para a chefia do Ministério da Economia ou Fazenda devem levar em conta que executivos com interesse em implementar um programa econômico precisam ter jogo de cintura e estômago para acompanhar a repercussão de discursos políticos até mesmo do próprio presidente contrários à orientação que se pretenda dar ao governo. O presidente eleito tem a possibilidade de escolher para o cargo o nome de um político, mais experimentado na arte de engolir sapos, mas, até prova em contrário, uma escolha nesse campo não seria bem vista no mundo financeiro, já tão preocupado com os sinais antimercado dados por Lula. Dificilmente haveria dois Paloccis.

Equipe de transição recebe informações sobre Orçamento

O relator-geral do Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI), recebe, às 10h30, na Liderança do MDB o Senado, o vice-presidente eleito e coordenador da equipe de transição do novo governo, Geraldo Alckmin, e o senador eleito, Wellington Dias (PT-PI), designado pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, para tratar sobre o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2023 com o Congresso.
O encontro deve contar com a participação do ex-senador Aloizio Mercadante, dos senadores Paulo Rocha (PT-PA), Jean Paul Prates (PT-RN) e Fabiano Contarato (PT-ES) e dos deputados Reginaldo Lopes (PT-MG), Enio Verri (PT-PR), Rui Falcão (PT-SP) e Paulo Pimenta (PT-RS).
Após a reunião, o senador Marcelo Castro, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, e o senador eleito, Wellington Dias, concedem entrevista no púlpito localizado em frente à Presidência do Senado.